ORGANIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES PREVENTIVAS HILSON CUNHA FILHO COISAS DE LER 2009 () Além de ser imperioso saber o que é adequado fazer em promoção da saúde e prevenção da doença e quais as intervenções que são eficazes para cada problema, em cada setting e nos diversos domínios envolvidos, é ainda necessário conhecerem-se as deficiências internas das organizações e as deficiências sistémicas onde estas estão inseridas, de forma a poder melhorar a sua eficiência e alcançar a efectividade desejada. Tal implica uma boa gestão dos projectos de saúde desenvolvidos, desde a avaliação da situação local no contexto das estratégias políticas preconizadas, passando pelo planeamento, mobilização de recursos e implementação, até às medidas de monitorização e avaliação das actividades e resultados. A intervenção em promoção da saúde e prevenção da doença congrega actualmente uma diversidade de realidades que juntam a interacção de princípios éticos, estratégicos e de regulação com o acesso à saúde, à informação e ao conhecimento, bem como de questões como a advocacy (defesa), o empowerment (empoderamento) e a participação dos cidadãos, as boas práticas nas actividades e serviços, a gestão e a accountability (responsabilização) pelo trabalho e resultados, realidades que entre outras, mais do que simples balizadores, dão forma e direcção às intervenções.